Blogs Relacionados

sábado, 27 de novembro de 2010

Cega

afastar aproximar

da mãe

das regras

das merdas com pedras

tapadas

aberta

sangrando de amar

sem cor mudou

nem sabia que era assim

enfim

lagrimas comprimidas

de familia largada

abandonada

desesperada

uma mãe a chorar

sem querer viver

deitada travada

por um filho maldito

que cega a felicidade

com espirito

e maltrata a própria mãe

enganada

que os liberou grana

na estrada da vida

empreitada

nem sei a dor


Michele Tajra


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Fim Amado


só escrevo como apelo desfecho

da mãe

do pai

com dor

de ser

ou não ser

o amor que projetou errado

discriminado

seu olhar para o lado

nem entender o pecado

amado

de um casamento acabado

triste

deitado

jurado de amor


Michele Tajra


Trapézio


parada

cansada

do nada

malvada

loucuras

desenfreiadas

migradas

do caos do nada

estúpida medida

entrega o homem

que veio distante

amante do céu azul

laços dos nus

parentes mais próximos

que não conseguem ver

o simples bater

das asas das borboletas


Michele Tajra


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Casado


amar as pessoas

conhecê-las

apreender

segredos escondidos

guardados na mente

coração dos amores


formas de amar

a não existência do ciúmes

a não existência da posse

a vontade

o desejo de ter só pra você

terrível poder


deixar de ama-lo

porque é casado

casamento

casamos amamos

desmanchamos

amamos outros e outras

dividimos


Michele Tajra

Faltou ar


esse frio com você

nossa

pés com pés

triscando os dedinhos

imaginando as sensações

nossa

queria tudo devagarinho

bem de mansinho

ia nem acreditar

so suspirar

o desejo a aumentar

ali eu a delirar

um sonho

passou a ser real

especial

e o pescoço

onde eu mais piro

suave cheirar

tão delicado como teus lábios

a soprar

o ar

que por momentos achei que ia faltar.


Michele Tajra




Sombra


dia acordado com pingos

de chuva viúva separada casada

enrolada amancebada

de desejo pelo cheiro

pelo ar eu avanço o siná

querendo me aproximar

do tempo da praia

prestes a me apaixonar

romântica

a imaginar um caso

ao acaso simulado

de antigos desejos nunca apagados

completamente sufocados

pela incompreensão

dos apegos

meu desprezo


fui criado

desmitificado

de paixões

ilusões

que salvam

do buraco estampado

que com a chuva

fica pálido

e amanhece

desesperado

pelo filho apanhado

que perdeu-se

incontrolável

sem comprender o amor


Michele Tajra



A Parada


outra vez

mais forte

de ordem

pra mudar

com espírito

declarar

facinada

encantada

a parada

delicada

viajada

de minhas flores

de todas as cores

semeadas

estudadas

diferenciadas

implantadas

de amor...


Michele Tajra


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Maturi

Fotografia de Eduardo Ravi

luzes em movimento,

são circulos

são tempos


sopram com os ventos

cada uma a se fartar

a alegria de poder colher

o fruto

cada vez mais de se deliciar...

as cores

vermelha

e amarela

melhor, não podem estar

entre o lindo verde

natural do caju

a florar.


Michele Tajra


Cântaro



















tive que ir ali

bem no começo da história

sabendo

da passagem do vento

que ia voltar

apreendendo a escutar

perceber a hora

mudar

aproveitar

caminhar

a escutar a mensagem do verde

a semear a educação dos amores

a despertar outros

a respeitar todas as dores

sem duvidar da sincera forma de olhar

sabendo que são milhões

amores

lindos, finos, tinos, hinos, pinos, ...


Michele Tajra


Desapego


desejo implacável de desapego

profunda apatia

mais uma vez o sentido da vida

relações e conclusões

período de observações

laboratório familiar

de amargar

de chorar

definitivamente

aqui não é meu lugar

paro para observar

valores ainda pequenos

conseguem dominar

o desejo a felicidade

por muitas vidas passar

saber olhar

apreender valorizar

amar

desapegar


Michele Tajra


Miragem


quero escrever sobre o meu amor

quero te mostrar meu calor

sentir essa dor

teu louvor

amante a moda antiga

crente que me estiga

posso nem ouvir falar em ti

procuro só usufruir

de suas paisagens

de suas passagens

as vezes

chega a ser miragem

a sorte é que amo

independente da visagem

flutuo na tua coragem


Michele Tajra


Degustar


Gosto de sentir o cheiro de vários perfumes

Mas quando sinto o seu........

Saboreio várias doces

Mas quando estou com você.....

Aprecio muito homens de anéis

Mas os seus.....

Gosto de viajar sempre,

mas perto de você.....

Faço várias composições

mais as que fiz pra te...


Michele Tajra



delicadeza


Sinto a delicadeza

teu toque

através do teu olhar

Respiro fundo

com você

Sinto meu espírito

Permanentemente ligado ao seu

Desejo simplesmente

Estar sempre perto

Imaginando um momento luz

nas palavras

Formas de amar

Penso intimamente

Em te roubar

Sofro eternamente

Não poder tocar

Amo como nunca

Vou deixar de amar


Michele Tajra



Teia Encantada

Minha foto
Fortaleza, Ceará, Brazil
Construindo um repertório autoral, com criações experimentais, o "Som do Catimbó" apresenta um recorte do universo sonoro brasileiro, aproveitando suas diversas influências, difundido e ativando a memória e a espiritualidade do nosso povo. A partir de pesquisas e experiências vivenciadas por cada artista do coletivo, as composições abordam uma poética circundante onde transitam mitos e narrativas deste rico universo tecido entre o terreiro e a rua. Como nos terreiros de umbanda tem velhos, caboclos, espíritos de cura, boiadeiros que chefiam, casam e batizam seus seguidores, no Som do Catimbó essas entidades permeiam as performances que atravessam e costuram as cenas do espetáculo. O Som do catimbó estuda e desenvolve experiências sonoras contemporâneas a partir de contato com culturas ancestrais trazidas, no processo de colonização, pelos europeus, judárabes, africanos e ameríndios, misturando toré, pajelança, linha dos ciganos, sensitivos, adivinhos e médicos curadores, os chamados médicos do espaço. Tudo isso é encantaria, é o Som do Catimbó.

Oficina

Dança Contemporânea

Artes do corpo


Corpo em movimento


A maneira como o corpo é percebido, definido, sentido se altera constantemente através da história, evidenciando, no decorrer do tempo, formas de pensar e conceber características de um momento, de uma cultura, de uma sociedade. O corpo por meio de seus gestos, sua espontaneidade, sua vitalidade; revela a maneira como um povo se comporta, se relaciona ou se expressa.

Composição


A proposta é fazer a dança através da descoberta de movimentos do corpo, um livre olhar para dentro de si mesmo.

São explorados também as relações que a dança contemporânea pode estabelecer com outras artes: artes visuais, poesia, performance, teatro.

O eixo da pesquisa é o corpo, sua estrutura óssea em movimento. A observação plena da própria coordenação motora, a partir do fundamental (mecanismos, organização e percepção do movimento) estudamos a técnica de dança contemporânea, improvisação, jogos, composição coreográfica, estados corporais a partir da respiração, articulação, tensão e intenção dos movimentos, contato –improvisação, método Laban, técnica de release.


Sensações


Os estudos do corpo visam a autonomia, a confiança e a sustentação interna, que provocam permeabilidade, agilidade, prontidão e escuta durante a dança. Exploramos a relação com os outros.(com o Outro) Não existe movimento "bonito" ou "feio". Existem a presença e a disponibilidade, que possibilitam que todos os elementos fundamentais da dança adquiram maior qualidade e harmonia.


Vivendo o corpo


A experimentação dessas atividades geram bons resultados em nosso cotidiano, aliviando o desconforto físico e mental, os pontos doloridos, a musculatura tensa, os problemas de circulação sanguinea entre outras dificuldades.

Artes do Corpo é indicada para jovens e adultos, com ou sem experiência em dança , uma turma específica para terceira idade e tambem para pessoas que trabalhem nas áreas relacionadas a arte e a cultura. Músicos, bailarinos, cineastras, artista plástico, poetas, atores e arte educadores.



Orientadora . Michele de Castro Melo Tajra


michele.tajra@gmail.com

86 94155661


Socióloga, arte educadora, bailarina de formação clássica com especialização em dança contemporânea, atriz brincante, musicista e ritimista.


APOIOS

APOIOS
Os apoios do corpo na sua relação com a gravidade

Transferência de Apoios

Quando nos movemos, estamos sempre mudado a configuração dos apoios do nosso corpo. Nessa técnica, há a busca de permitir ao corpo conduzir as transferências de apoio, sem planejamento antecipado das mesmas, a partir de apoios ativos e de acordo com a organização da musculatura de um corpo, num determinado momento. Isso gera uma qualidade específica de movimento e permite a descoberta de novos caminhos internos, novos desenhos de movimento no espaço.

Existe diferença entre dança moderna e dança contemporânea? Qual seria?

Sim. existe diferença, apesar do forte paralelismo, a dança contemporânea diferencia-se da moderna por não obedecer a técnicas ao pé da letra. A dança moderna tem diferentes técnicas ligadas a vários coreógrafos, como Martha Graham, Doris Humphrey ou José Limon. "A contemporânea não tem a obrigação de utiliza-se dessas técnicas, a contemporânea é a liberdade de expressão do bailarino. Não há mecanismos definidos, há antes processos e formas de criação. Parte-se de métodos desenvolvidos por bailarinos modernos, como improvisação, contacto-improvisação para uma construção personalizada da criação.


Estudamos Possibilidades de Desbloqueio das Tensões

Autoconhecimento e autodomínio são necessários para expressão pelo movimento.

Sem atenção não há possibilidade de autoconhecimento e expressão.

É preciso buscar estímulos que gerem conflitos e novas musculaturas, para ascessar o novo.

Das oposições nascem o movimento.

A repetição deve ser consciente e sensivel

A dança está dentro de cada um.

O que importa não é decorar passos, formas, mas aprender caminhos para a criação de movimentos

Dança é vida

Possibilidades

Possibilidades
Foto Michele tajra